Sabemos que o planeta Terra está sempre passível a sofrer mudanças, apresentando efeitos no ar, nos rios e mares, no solo, nas áreas verdes e até mesmo na fauna e flora. Embora algumas dessas transformações sejam benéficas, outras acontecem de forma inesperada e representam um risco para todos os seres vivos sendo necessário seu monitoramento.
O monitoramento ambiental é um conceito que está associado justamente pela ação de verificar esses acontecimentos a fim de prever qualquer risco que seja evidente para os seres vivos nas regiões afetadas. Para que o monitoramento funcione, porém, são utilizados métodos específicos e situações adequadas.
MONITORAMENTO AMBIENTAL
O monitoramento ambiental pode ser compreendido como um processo de coleta de dados e acompanhamento contínuo das variáveis ambientais, com a finalidade de identificar e avaliar as condições dos recursos naturais de determinada localidade.
Desta forma, esse conjunto de medidas/variáveis aposta como está a natureza naquele momento e permite a projeção para o futuro, identificando a evolução da deterioração ao longo do tempo.
O monitoramento ambiental permite, ainda, compreender melhor a relação das ações do homem com o meio ambiente, bem como o resultado da atuação das instituições por meio de planos, programas, projetos, instrumentos legais e financeiros, capazes de manter as condições ideais dos recursos naturais (equilíbrio ecológico) ou recuperar áreas e sistemas específicos.
Como exemplo, pode-se citar o monitoramento de um recurso hídrico, que tem os seguintes objetivos:
- acompanhar as alterações de sua qualidade;
- elaborar previsões de comportamento;
- desenvolver instrumentos de gestão; e
- fornecer subsídios para ações saneadoras.
Por isso, a prática do monitoramento ambiental é essencial para o desenvolvimento e implantação de medidas de preservação ecológica de efeito imediato e duradouro. Para isso, é realizado o monitoramento dos poluentes, da extração ilegal da matéria-prima, da qualidade da água, qualidade do solo, do desmatamento e de diversos outros problemas ambientais que levam à degradação do ambiente.
OBJETIVOS DO MONITORAMENTO AMBIENTAL
Como já citado anteriormente, dentre os principais objetivos do monitoramento ambiental, está a análise criteriosa de todos os elementos responsáveis por qualquer tipo de dano à natureza, como descarte incorreto de lixo industrial, desmatamento ilegal e extinção animal e vegetal provocada por ações humanas.
O monitoramento ambiental também permite o acompanhamento da qualidade da água que chega às famílias, do ar do campo e das cidades e diversos outros parâmetros que servem para detalhar as reais condições do meio ambiente em determinada região.
IMPLANTAÇÃO
A implantação de atividades de monitoramento ambiental necessita de uma seleção prévia de indicadores que expressem as condições qualitativas ou quantitativas do que será medido e avaliado. Esses parâmetros devem descrever, de forma compreensível e significativa, os seguintes aspectos:
- o estado e as tendências dos recursos ambientais;
- a situação socioeconômica da área em estudo;
- o desempenho de instituições para o cumprimento de suas atribuições.
A escolha dos indicadores depende dos seguintes fatores:
- objetivos do monitoramento;
- o que será monitorado;
- informações que se pretende obter.
Esses parâmetros são medidos em campo, laboratório e em escritório, sendo que alguns são bastante simples e outros, muito complexos.
REDE DE MONITORAMENTO
Na maioria das vezes, o monitoramento é realizado em vários locais, formando a chamada rede de monitoramento. Trata-se de um sistema que capta dados em várias áreas, com abrangência local, regional, nacional e internacional.
A rede é capaz de fornecer uma base de dados comparativa, tanto em relação ao próprio local amostrado quanto a outras regiões. O sistema de coleta de dados aumenta o conhecimento sobre uma determinada região, o que permite tomadas de decisão mais acertadas e um planejamento ambiental adequado.
TIPOS DE MONITORAMENTO AMBIENTAL
Existem dois tipos de monitoramento ambiental que são usados em momentos distintos, mas eles podem se mesclar ou então garantir uma proporção maior dependendo da situação.
1) Monitoramento ambiental em microescala
Este tipo de monitoramento é mais usado em proporções e espaços menores. Fábricas, áreas verdes, urbanas, rios e lagos e outros locais menores são alguns dos campos de estudo para análise. Isso não significa que os efeitos negativos sejam em menor grau nesses lugares, mas o monitoramento ambiental em microescala foca mais em impactos ambientais que atingem pequenas concentrações do que em espaços maiores.
2) Monitoramento ambiental em macroescala
O monitoramento em macroescala tem uma expansão bem maior e observa ocasiões ambientais em locais amplos, como mares, zonas ambientais protegidas em âmbito estadual ou federal e outro tipo de espaço que afete o planeta em si.
Um pouco diferente do tipo microescala, esse monitoramento ambiental já observa a proporção do problema, acompanha seu crescimento e utiliza ferramentas ainda mais eficientes para que a crise se encerre.
CONSIDERAÇÕES
O monitoramento ambiental é fundamental para garantia da qualidade ambiental e prevenção de impactos ambientais, bem como promoção de vida das pessoas.
Seja realizado por órgãos ambientais, empresas públicas ou até Organizações não Governamentais (ONGs), cada instituição deve agir de acordo com o registro de qualidade, para garantir que todas as ações para reverter a situação de impacto sejam amparadas da forma correta.
REFERÊNCIAS: KINLAW, Dennis C. Empresa competitiva e ecológica: desempenho sustentado na era ambiental. São Paulo : Makron Books, 1997. SILLOS, M. Valoração Ambiental de Processos de Remediação de Áreas Contaminadas por Hidrocaronetos de Petróleo. IPT. 2006. 123p. BRASIL, LEI Nº 13.798, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2009 Institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas – P EMC. BRASIL, LEI Nº 13.577, DE 8 DE JULHO DE 2009 – Gestão de Áreas Contaminadas